É impossível não se maravilhar com a honra que teve o povo Hebreu durante os 40 anos que passou no deserto, após a saída do Egito. Como nenhum outro ser humano, eles tiveram a graça de presenciar o próprio Deus manifestando o seu grande poder, Ele próprio, o Criador estava no meio deles, de uma maneira tão palpável que só veriamos igual novamente na encarnação do Senhor Jesus.
Deus fez prodígios realmente estupendos: Abriu um mar e fez o povo passar a pé enxuto (Êxodo 14,21); Enviou pragas sobre os opressores de seu povo (Êxodo 10,4) Fez cair o maná dos céus para alimentar o povo (Êxodo 16,1-15).
Entretanto, é interessante notar que mesmo com tamanhos feitos, com tamanhas demonstrações de um poder imenso como é o poder de Deus, o povo hebreu permanecia sem conseguir conhecê-lo, sem conseguir adorá-o em espírito e em verdade. Tal é assim que tiveram a capacidade de construir um bezerro de ouro para que fosse o deus deles (Êxodo 32,1).
Com Jesus podemos ver que Ele não quer se dar a conhecer tão somente pelo poder que tem; tanto é que inúmeras vezes ele proíbe que os que foram curados falem que foi Ele que curou (Mateus 9,30).
Por que Jesus não deixava que se proclamasse a suas obras? Não seria mais fácil divulgar seu poder assim?
Se o povo do deserto permaneceu de coração duro, mesmo com o poder de Deus fluindo a todo vapor no meio deles, também não seria com o infinito poder de Jesus que o povo acreditaria.
Jesus nos ensina que o Pai procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4,23), que não o busquem simplesmente pelo poder que Ele tem de resolver nossos problemas (Buscar a Deus desta maneira é querer submetê-lo às nossas vontades e isto não é correto), Deus procura adoradores que o adorem pela fé.
Ele quer adoradores que busquem viver com Ele um relacionamento, uma amizade, um companheirismo, que queiram formar com Ele uma família.
Deus não quer interesseiros que desejam apenas se aproveitar do seu poder. Por isso Jesus exalta a atitude de Pedro, dizendo que ele é bem aventurado, por que quem lhe revelou ser Ele o Filho de Deus foi o próprio Pai (Mateus 16,17).
O fato é que Deus quer a adesão do homem atravéz da fé, simplesmente isso. Tem muito mais valor crer sem ver do que acreditar só por causas dos sinais majestosos que Ele nos dá.
Quem acredita como um verdadeiro adorador, não abandona o Senhor no tempo de angústia, como fizeram a maioria dos seguidores de Cristo, que o deixaram sozinho na cruz, na companhia apenas de Sua Mãe de S. João (João 19,26).
Quem busca a Deus para que ele conceda o emprego, o carro, a casa, a loteria, certamente o abandonará na hora da perseguição, para seguir a qualquer ídolo.
Por isso, aprendamos a servir a Deus com grande humildade, seja na abundância ou na pobreza, por que o Senhor é Deus nas duas situações.
Ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
Ministério Pleno Louvor.
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